Recentemente, recebemos o novo Galaxy Z Fold6 diretamente da Samsung para análise e posso afirmar que ele está repleto de novidades, já dando o o tom, a dona Samsung já solto a verbo bem na nossa cara:
“Coloque o poder de um PC no seu bolso com o Galaxy Z Fold6. Mais potente do que nunca, com uma tela superfina e superprodutiva. Agora com o superpoder do Galaxy AI em celulares dobráveis”
Logo de início, já deixo claro o quanto a sua pegada fechada e incrível. A meu ver, a Samsung deveria investir em modelos com um estilo mais reto e compacto.
O Galaxy Z Fold6 é considerado uma evolução refinada do Z Fold5, mas a verdade é que o novo smartphone dobrável da Samsung corrigiu quase todos os problemas do seu antecessor, aproximando-se do ideal esperado para esse conceito. A mudança mais significativa no Galaxy Z Fold6 é a tela externa, que agora apresenta uma proporção mais semelhante à de um smartphone comum, um pouco mais estreita, proporcionando uma pegada melhor na mão e na sua utilização fechado facilitando muito no dia a dia.
Seu peso também é mais leve do que o modelo anterior, pesando 249g, similar ao S24 Ultra, sim ele ainda é pesado, mas dá para manter no bolso sem fazer tanto volume. O Galaxy Z Fold6 também possui certificação IP48, oferecendo resistência extra contra poeira e detritos.
Falando em telas, ambas do Galaxy Z Fold6 são ótimas, ambas possuem painel Dynamic AMOLED 2X LTPO, com isso, a taxa de atualização pode variar de 1 Hz a 120 Hz, permitindo economia de energia. As 6,3 polegadas do display externo são bem adequadas para o uso com uma mão.
Em relação às configurações, o Z Fold6 é equipado com um processador Snapdragon 8 Gen 3 for Galaxy e 12 GB de memória RAM. Seja usando as telas interna ou externa e com diversos aplicativos abertos, o desempenho foi fluido, nada travou, engasgou e nem deixou de rodar, porém nada mais que o esperado dado ao poder de fogo do aparelho. O sistema operacional Android 14 com a One UI 6.1 acompanha o dispositivo, e a fabricante prometeu atualizações por sete gerações do Android, então deve ser atualizado até 2031.
A interface da Samsung continua muito boa em fluidez e recursos úteis. Por ser um dispositivo dobrável, é possível dividir a tela interna em até três aplicativos, mas o interessante é poder usar dois apps lado a lado, como se fossem dois celulares.
A bateria de 4.400 mAh, dividida entre as duas telas do dispositivo, é a mesma do Z Fold 5 e suporta em média um dia de uso moderado. Em meus testes, eu o tirei da tomada às 7h e utilizei normalmente ao longo do dia com streaming de vídeo e música, alguns games, navegação e redes sociais, sempre utilizando 5G e Wi-Fi, com o brilho no máximo. Às 22h, a bateria ainda marcava 30%, um número dentro do esperado quando você força um pouco a barra. A recarga, realizada com um carregador rápido de 25W, levou 33 minutos para ir de 0% a 50% (alinhado com a promessa de 30 minutos) e mais 52 minutos para chegar aos 100%, o que não é nada mal nos dias de hoje.
Agora falando sobre as câmeras, posso dizer que “temos pra todos os lados”. As câmeras principais incluem uma lente Wide de 50 MP, uma Teleobjetiva de 10 MP com zoom real de 3x e uma Ultrawide de 12 MP. A lente Wide tem boa definição e usa 12 MP como captura padrão, mas você pode mudar para 50 MP quando quiser. O algoritmo de processamento de imagens é bom o bastante para não deixar as fotos pesadas demais, sem sacrificar a qualidade. O zoom físico de 3x funciona direitinho, mas qualquer ampliação além disso passa para o digital, sujeito a distorções. No geral, as cores são fiéis, com pouco desfoque nas bordas. Como sempre, smartphones premium vem com as melhores câmeras, e o Galaxy Z Fold6 é um deles, ele capta cores vibrantes e muitos detalhes, dependendo da fonte de luz, mas no geral, você não terá problemas para fotografar suas fotos de comida para postar no Instagram, o aparelho também oferece ajustes de IA para melhorar suas capturas, pensando na rede social de fotos.
A parte mais interessante é a possibilidade de tirar selfies, já que qualquer câmera pode ser utilizada para isso. A câmera interna de 4 MP, situada sob a tela dobrável, é bem fraquinha e sofre para pegar detalhes, assim como é terrível para reconhecimento facial – ela conseguiu falhar todas as vezes. Esta provavelmente será a que você nunca usará para tirar uma selfie. Em contrapartida, a câmera da tela externa, com 10 MP e posicionada em um notch em forma de furo, não apresenta nenhum impedimento com biometria, assim como entrega selfies de maior qualidade. Ela é posicionada como a opção padrão. Além disso, graças ao formato dobrável, você pode virar as câmeras principais na sua direção, com o dispositivo aberto, e usar a tela externa para capturar uma selfie, aproveitando o sensor Wide de 12 MP ou 50 MP, garantindo máxima qualidade, inclusive para gravar vídeos em 8K a até 30 fps, e em 720p na velocidade ultralenta, a 960 fps.
Uma das questões mais comentadas atualmente é a inteligência artificial. O Galaxy AI continua presente no celular da Samsung, agora com algumas novidades interessantes, como a possibilidade de inserir elementos de IA sobre uma foto. As ferramentas de transcrição de áudio para texto, circular para pesquisar, apagar objetos de uma imagem, dentre outras, continuam presentes aqui. Com o auxílio do Assistente de Fotografia, é possível fazer edições sem esforço, utilizando a tecnologia Galaxy AI. Com o mecanismo de reconhecimento de objetos, você pode editar fotos como seu coração mandar, basta manter o dedo em cima de um objeto para mover, apagar ou ampliar, você também pode ajustar ângulos ou preencher fundos com a mesma facilidade. O recurso de Intérprete traduz em tempo real, oferecendo uma melhor experiência caso precise se comunicar com alguém e até mesmo com vários idiomas ao mesmo tempo, ele auxilia na conversação, seja em conferências globais ou guias turísticos. A tradução instantânea de conversas telefônicas é perfeita para tradução de voz em tempo real em vários aplicativos, especialmente quando você faz chamadas que envolvem dois idiomas.
Atualmente, o Galaxy Z Fold6 não tem concorrentes no Brasil — pelo menos, não ainda. Há rumores de que a Honor lançará um celular dobrável por aqui, conforme noticiado recentemente em suas redes sociais. Contudo, nada foi confirmado até o momento. Por fim, será que o novo Galaxy Z Fold6 vale a pena?
Muitas pessoas estão comparando-o ao S24 Ultra, mas não vejo muitas semelhanças em suas propostas, inclusive se quiser ver a análise do Galaxy S24 Ultra que eu fiz basta clicar aqui.
O Galaxy Z Fold6 é a proposta de ter um dobrável com a mesma capacidade de um computador no bolso. Embora as melhorias no dispositivo sejam bem-vindas, senti falta de evoluções mais significativas, como carregamento mais rápido e câmeras iguais ou próximas às do S24 Ultra, considerando o preço do aparelho. Porém, com alguma oferta ou um programa de desconto, como o da Samsung que oferece desconto na compra do aparelho ao trocar o seu modelo atual , ele pode valer a pena, tornando-se apenas um pouco mais caro que o S24 Ultra.
Confira esse pequeno trecho do teste Beta de Dark and Darker Mobile no Galaxy Z Fold6:
Especificações:
Display: 7,6 polegadas, 184,2 cm 2 (proporção tela-corpo de aproximadamente 90,5%)
Sistema Operacional: Android 14, One UI 6.1
Resolução: 1856 x 2160px
Capacidade: 256 GB, 512 GB ou 1 TB de armazenamento + 12 GB de RAM
Número de chips 2 chips
Rede de celular GSM, CDMA
Cor Azul, Preto, Prateado, Branco, Cor De Rosa
Resistente à água e detritos
Reconhecimento facial, Impressão digital
Carregamento sem fio
Formato Dobrável
Tecnologia da banda larga 5G
Tamanho da tela
Tela de 7,6 polegadas
Peso 239 gramas