Analisado no PlayStation 5
Bob Esponja: O Jogo do Patrick Estrela é uma experiencia despretensiosa que abraça a inocência do personagem e leva o jogador a tão famosa Fenda do Biquini com um mundo aberto as vezes interessante, as vezes tedioso.
É inegável que além de Bob Esponja, Patrick Estrela carrega um enorme carinho dos fãs, seja pelo nonsense de suas falas com um leve humor perturbado, como seu apego pela amizade simples porem cativante.
Não se pode levar muito a sério tanto o personagem quanto o jogo em si e por conta disso, Bob Esponja: O Jogo do Patrick Estrela parece abraçar alguns defeitos disfarçados de simplicidade. A fenda do biquini é vasta e muito bem ambientada em seus cenários coloridos e fieis ao desenho, refletindo a personalidade caótica e divertida de Patrick. O jogo permite a exploração livre, similar a títulos como Goat Simulator, sendo possível interagir com diversos personagens da série, dentre eles: Lula Molusco, Sandy, Sr Siriguejo e o próprio Bob Esponja.
O humor característico do Patrick está presente em cada canto, proporcionando momentos engraçados e até icônicos, funcionando como uma espécie de homenagem visto que estamos falando de um desenho animado criado em 1999.
Bob Esponja: O Jogo do Patrick Estrela contém um mundo vivido, com um mapa a disposição, o jogador tem tanto missões principais quanto secundárias, além de algumas proezas previamente determinadas com o intuito de ganhar o dinheiro do jogo o qual é possível comprar itens cosméticos, trajes, etc. Os objetivos são engraçados e até bizarros como por exemplo: realizar 3 entregas de sorvetes, criar um castelo de areia, estourar balões com um jato de água, dentre outras maluquices.
Os NPCs ocupam quase toda gameplay entregando missões e desafios em uma quantidade até razoável, porem tudo se resume em Patrick ajudando a tudo e a todos o que se torna repetitivo em um curto espaço de tempo. Outro ponto a se destacar e de forma negativa é o inexplicável controle e mecânicas instáveis, que resultam em colisões problemáticas entre objetos e o cenário.
Jogando no Playstation 5, o uso do controle Dual Sense é mal aproveitado, sendo mais útil quando o jogador precisa utilizar o botão R2 para efetuar alguma ação especifica ou acelerar os carros disponíveis pelo cenário. As possibilidades perdidas vindo de uma série cheia de ideias criativas é um tanto quanto decepcionante se comparado ao excelente Astro Bot como exemplo.
A ausência da dublagem brasileira é outra situação que vale destacar, mesmo os menus e diálogos estejam legendados em PT-BR, inacreditavelmente o game contém erros de legendas confundindo algumas palavras para o idioma Espanhol.
Ainda que Bob Esponja: O Jogo do Patrick Estrela, tenha um visual convidativo ao público mais infantil, não significa que a movimentação do personagem tenha que ser literalmente quebrada chegando a prejudicar sua jogabilidade tanto controlando o personagem quanto aos carros e demais itens espalhados pelo mapa. A falta de uma linha narrativa clara deixa a sensação de jogo desorganizado, sem uma progressão linear ou justificativa de existir, focando apenas em pequenos favores e desafios.
A conclusão é que Bob Esponja: O jogo de Patrick Estrela é mais uma adição ao vasto universo de Bob Esponja, porém, não faz jus se comparado a outros títulos como SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom. As suas mecânicas imprecisas e falta de estrutura narrativa podem não agradar a todos, dando a nítida impressão de game inacabado.