Dragon Quest III HD-2D Remake – As primeiras impressões no Preview | Análise
Jogo testado no PlayStation 5
A convite da Square-Enix, que nos forneceu uma chave antecipada de Dragon Quest III HD-2D Remake, pude experimentar com antecedência a nova versão do clássico Dragon Quest III de NES, todo refeito e reimaginado utilizando a poderosa, e muito eficiente, engine HD-2D, essa que a empresa vem utilizando desde Octopath Traveller (2018) para recriar clássicos ou criar novos games com estilo visual e de gameplay que remeta aos seus medalhões do passado, mas com toda a modernidade que uma engine atual pode oferecer.
Sem mais delongas, vamos lá, Dragon Quest III HD-2D Remake é a reimaginação do clássico Dragon Quest 3 que foi desenvolvido pela Chunsoft e publicado pela ENIX em 1988 no Famicom e 1991 no NES no ocidente. O game que será lançado em 15 de novembro para Nintendo Switch, PlayStation, Xbox e PC conta a primeira história da Trilogia de Erdrick, mas fiquem tranquilos que a Square-Enix já confirmou que os remakes de I e II estão a caminho, fazendo com que a trilogia fique completa.
A história desse game não é novidade, mas para aqueles que não conhecem jogamos como o Herói, que aqui pode ser um garoto ou uma garota, com pequenas modificações estéticas, esse personagem é filho do Guerreiro Ortega do reino de Aliahan. Ao completar 16 anos nosso personagem iniciará sua jornada no local de seu desaparecido e dado como falecido pai, escolhido pelo rei como um novo campeão, devemos percorrer o mundo do game, recrutar companheiros em diferentes classes de personagem e enfrentar dungeons e inimigos até confrontar o grande vilão que está ameaçando o mundo.
Vendo por esse lado daria para pensar que por ser um remake a história seria a mesma e facilmente qualquer um poderia pesquisá-la certo? Sim, mas com um porém, eu não vou dar spoilers, até mesmo porque até o momento que escrevo essa prévia ainda não sei qual é, mas a empresa já confirmou que fez sim alterações no game para dar um novo ar para o remake, ou seja, fãs de longa data tem um motivo a mais para jogar o de Dragon Quest III HD-2D Remake, além de toda as melhorias gráficas, de som, qualidade de vida…
Até onde eu joguei ,o game me parece fabuloso, aquela sensação nostálgica dos primeiros JRPGs que pude vivenciar no SNES estão todas ali, as batalhas em turnos, as classes de personagens, magias, o cenário medieval, tudo, isso é de verdade um prato cheio para aqueles que estão com saudades de JRPGs clássicos, e nesse caso preciso dar um ponto positivo para a franquia que mesmo com todos esses anos não parece ter perdido sua essência, afinal, o último DQ que joguei foi o XI S e muitas características presentes lá pude encontrar aqui no remake.
Sua party inicial é básica, mas muito competente, afinal, você tem o Herói que é equilibrado, um guerreiro que é forte de pode aguentar bastante pancada, um feiticeiro para conjurar magias de ataque e um curandeiro para recitar feitiços de cura e proteção, mantendo o grupo vivo e sadio dentro do que for possível. O Herói também tem acesso à magia e os membros da equipe ainda podem desenvolver habilidades, que mesmo que usem dos pontos de magia, são outra coisa. Aqui no remake é possível automatizar algumas funções para a sua equipe, assim como era no XI S, seja ela dando o máximo de si, focado em cura, uso de magia ou ainda controle total sobre cada um deles. A estratégia a usar? Vai de cada um, eu mesmo prefiro controlar o Herói e vez ou outra alterno o que os demais estão fazendo, sendo que ao final de cada turno posso optar pelo que fazer.
Além disso, o gameplay é fluido e bastante prazeroso, tudo roda suave e em alta qualidade, estou jogando o game no PlayStation 5 e nesse console ele possui a opção de priorizar gráficos ou performance e para esse tipo de game, um JRPG por turnos, eu optei por gráficos e aqui meus caros, a HD-2D mostra seu brilho, tudo é lindo, extremamente detalhado e vibrantes, cada cenário, cada localidade tem seu visual distinto e único, incluindo os personagens e inimigos em sprites, como o planos de fundo das batalhas que sempre combinam com o local que ela ocorre, um trabalho primoroso. A parte sonora não fica atrás, DQ é reconhecido pela sua trilha clássica e aqui no remake ela se faz presente e de forma muito bem feita.
Para encerrar, até porque eu não quero falar muito e me adiantar sobre a review que vira em alguns dias, afirmo que as impressões iniciais foram as melhores possíveis, eu gostei de como essa nova versão foi capaz de transpor o estilo e a essência do clássico, é muito bom ver que a engine continua a evoluir e melhorar, além disso, são games como esse, que mesmo que não sejam novos, e sim baseados em obras clássicas vez ou outra fazem nosso coração ficar quentinho, como um grande e aconchegante afago que só Dragon Quest faz aos amantes de JRPGs por turnos.