Until Dawn – Remake reforça aquilo que já era ótimo no PlayStation 4 | Análise
Until Dawn não só preserva o charme do original, mas também o aprimora com gráficos de última geração, jogabilidade refinada e uma narrativa mais envolvente.
Analisado no PlayStation 5
O remake de Until Dawn para o PlayStation 5 e PC, lançado em 4 de outubro de 2024, traz uma série de melhorias significativas que elevam a experiência de jogo original, mas será que vale o investimento?
O jogo foi reconstruído do zero usando o Unreal Engine 5, o que resultou em gráficos impressionantes com texturas, materiais e efeitos visuais aprimorados. A iluminação foi completamente refeita para aproveitar os recursos de renderização modernos, incluindo ray tracing, proporcionando uma atmosfera mais imersiva e assustadora.
É nítido observar os modelos de personagens que foram atualizados para refletir os avanços modernos em modelagem e renderização, resultando em personagens de alta fidelidade que ressoam tanto com novos jogadores quanto com fãs antigos. As animações também foram melhoradas, incluindo simulações de fluidos em tempo real para tornar as cenas de morte mais realistas, o que não era para menos se compararmos o que os faltalitys de Mortal Kombat 1 fazem no poderio do PlayStation 5
As animações dos personagens e a revisão do posicionamento da câmera tanto nas cutscene quanto na gameplay foram um grande acerto, porém sofrem leves deslizes quando sem qualquer motivo aparente, a câmera resolver travar em algum canto do cenário.
A cinematografia foi revisada, combinando vista fixa e sobre o ombro, permitindo novas perspectivas e uma narrativa mais próxima dos personagens. Isso, junto com a nova mecânica de controle de câmera, oferece uma experiência mais cinematográfica e envolvente e que de fato ocorre em sua grande maioria.
Um fato a ser considerado é que algumas cenas ficaram mais claras o que tirou um pouco a sensação claustrofóbica em certos momentos da gameplay. Não é algo que irá incomodar, mas pode ser levado em conta visto que Until Dawn quando jogado no PlayStation 4, usa e abusa das paletas mais escuras com nítido intuito de provocar os já conhecidos jumps scares
Embora a narrativa principal tenha sido mantida, o prólogo foi ajustado para melhorar o ritmo e explorar melhor os laços familiares dos Washingtons. A jogabilidade também foi refinada, com melhorias na câmera, animação, áudio e mecânicas de jogo. O áudio desta versão para PlayStation 5 é de longe um dos melhores da atual geração, fazendo uso quase obrigatório de um bom headset tamanha a qualidade e preocupação dos desenvolvedores com a ambientação em si.
O uso do Dual Sense é excelente e se encaixa perfeitamente nas situações de maior tensão, causando uma punição severa quando não bem utilizada. Apontar o controle para a TV sem se mover, simulando a respiração do personagem já existia na versão anterior, mas nesta atualização, a sensibilidade é elevada a máxima potência além de outras circunstancias que evitaremos comentar para não dar spoilers.
A palpitação do coração, a respiração ofegante e os inúmeros efeitos sonoros em volto do ambiente causam uma ótima perspectiva de terror e é o ponto alto deste remake
Longe de ser perfeito e com alguns problemas técnicos como queda de frame rate abruptas ou cenários claros demais se comparado com seu antecessor, o remake de Until Dawn não só preserva o charme do original, mas também o aprimora com gráficos de última geração, jogabilidade refinada e uma narrativa mais envolvente.
A conclusão é de Until Daw na nova versão de PlayStation 5 e PC apenas reforça que o game original para PlayStation 4 já era ótimo, mas para aqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer a sua versão original, vale o investimento.