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Nikoderiko: The Magical World – Agradável e competente | Análise

Analisado no PlayStation 5


Ao jogar poucos minutos, é nítido que Nikoderiko: The Magical World faz uma referência direta a Crash Bandicoot e Donkey Kong Country. Diferentemente dos jogos indies que tentam emular aquela nostalgia de games clássicos e acabam dando um tiro no pé, o título da VEA Games estabeleceu um equilíbrio na inspiração e entregou um jogo bem divertido e gostosinho.

Ao contrário dos clássicos que inspiraram este game, em Nikoderiko não estamos curtindo a vida tranquila quando de repente somos aterrorizados por malfeitores. Aqui os protagonistas Niko e Luna são aventureiros em busca de tesouros e é com eles que vamos atrás do vilão Grimbald, que roubou um artefato valioso logo após os dois terem escapado de uma tumba cheia de armadilhas.

Resumindo a treta: os personagens não aceitam que foram roubados e seguem uma jornada em virtude de recuperar o artefato. É isto! Sem trama elaborada, sem diálogos complexos, e é nessa simplicidade que o potencial se manifesta. Uma vez que toda essa simplicidade abre margem para imaginarmos a aventura como um todo e isso vai se concretizando conforme passamos as fases do jogo.

Em Nikoderiko: The Magical World há muitos saltos em plataformas, uma visão de câmera em 2D que agrega um estilo único aos movimentos variados que seguem durante toda a jornada. É necessário dominar os ataques e diferentes movimentações para que os inimigos no caminho não tornem um problema e assim, o ritmo do jogo segue um dinamismo interessante, em virtude da jogabilidade. Inclusive, toda essa jogabilidade torna o jogo ainda mais fluído que o Donkey Kong em si, fazendo-nos lembrar de Rayman, conhecido por ser extremamente dinâmico. O jogo ainda conta com algumas sessões em 3D, é ai que aparecem as semelhanças com o Crash Bandicoot original, um mix que transiciona do 2D para o 3D de forma dinâmica e muito bem integrada.

Artisticamente falando, Nikoderiko é muito agradável e carismático. Os visuais são limpos e claros, tornando a inspeção do mapa muito intuitiva. Os cenários são meticulosamente bem animados e coloridos, oferecendo muita imersão em seus elementos de água, luzes, fauna, flora e gelo. Essa imersão se dá devido ao fator orgânico que aplicaram ao game, fazendo parecer que todo o universo esteja vivo, funcionando de forma independente.

Sonoramente, Nikoderiko se destaca por ser funcional. Não é absurdamente elaborada, tampouco oferece uma experiência sonora de outro mundo, mas contempla tudo o que se propõe de forma competente. Não falo isso com tom de desdém, reconheço que a trilha sonora é bastante coesa no quesito experiência.

No geral, Nikoderiko: The Magical World é um jogo divertido, lotado de referências e inspirações, mas que consegue entregar sua personalidade única. Com uma jogabilidade bastante fluída, um visual bem polido e uma trilha sonora funcional, temos aqui o resultado: um jogo bastante ousado e interessante. Que consegue prender a atenção não só de saudosistas dos jogos de plataforma, mas também a nova geração. Altamente recomendado por este que vos escreve.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de Nikoderiko: The Magical World:

Nikoderiko: The Magical World

9.7

Nota

9.7/10

Positivos

  • Visual bonito
  • Jogabilidade fluída
  • Trilha sonora competente

Negativos

  • Não encontrei

Thiago Richeliê

Um otimista cauteloso que sofre influências da desastrosa Lei de Murphy! Fisioterapeuta, amante de Games, o louco das Séries, apaixonado por Filmes e que chora ouvindo Músicas.
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