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Tails of Iron 2: Whiskers of Winter – Uma aventura cativante com alguns tristes tropeços | Análise

A sequência entrega uma narrativa interessante e um gameplay imersivo, mas peca em polimento, deixando o potencial do jogo um pouco aquém do esperado

Analisado no PlayStation 5


Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é um jogo de ação e RPG desenvolvido pela Odd Bug Studio e distribuído pela United Label e CI Games. O título será lançado amanhã, 28/01 para os consoles PlayStation, Xbox, Nintendo Switch e PC via Steam. O game conta a história de Arlo, o herdeiro do Guardião das Terras Ermas, que vê anos de paz se transformarem em um verdadeiro inferno quando o reinado de seu pai foi brutalmente atacado e completamente destruído por um mal antigo e sanguinário das terras hostis do Norte. Basta somente a Arlo encontrar meios de reconstruir o reinado e trazer esperanças para todos que moram nas Terras Ermas.

A história do jogo, como pode se perceber pela premissa, é extremamente simples, e sabe muito bem disso, brincando com diversos clichês e acontecimentos que já vimos diversas vezes em outras histórias do gênero. Porém, apesar disso, a trama não deixa de ser interessante, e prende a atenção do jogador sobre os próximos acontecimentos da vida de Arlo, e como reconstruirá o império deixado a ele após a queda de seu pai.

E é justamente nesse ponto que o jogo cresce. Tails of Iron 2: Whiskers of Winter conta com um vasto sistema de crafting e progressão e, como um bom RPG, ao decorrer da história você observa a ascensão de Arlo, desde um jovem descompromissado, até um verdadeiro líder que dará orgulho ao seu pai e sua nação. A história do game anda lado a lado com a progressão de nível e de armamento, sendo um ponto extremamente positivo para a imersão que o jogo se propõe a oferecer.

Quando o assunto é gameplay, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter se destaca como um Soulslike 2D, combinando elementos clássicos do gênero, como alta dificuldade e um arsenal variado — incluindo espadas, escudos, lanças, martelos, machados, armaduras, arcos, etc. com uma exploração característica de mapas semiabertos 2D, lembrando títulos como Hollow Knight e outros ícones do gênero. Essas características podem ser muito apreciadas por fãs do gênero que podem encontrar no game uma boa experiência de exploração e combate.

Porém, um problema sobre o combate do game é que ele não é muito bem polido. Por exemplo: comparado com Hollow Night (que é um dos grandes títulos quando mencionamos combate estilo Souls em um cenário 2D), que todas as animações, seja de ataque, ou de esquiva, são extremamente bem polidas e sutis, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter peca muito nesse aspecto, com grande parte das batalhas sendo travadas e pouco cinematográficas, podendo tirar a imersão do jogador e também incomodá-lo.

A falta de polimento nessas animações não se restringe só no combate, mas sim no jogo inteiro, com diversas cenas que ficam prejudicadas pelo movimento duro e pouco natural dos personagens, o que pode ser considerado um problema para boa parte dos jogadores.

Essa falta de esmero não é sentida somente nas animações, mas também nos menus do jogo. Já que eles também sofrem com uma falta de polimento, com grande parte deles sendo simples demais, com fontes e detalhes que não combinam entre si, dando ao projeto um aspecto amador que pode desagradar parte dos jogadores.

Em relação a trilha e efeitos sonoros, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter passa despercebido, o que pode ser bom, afinal elas cumprem o seu papel de ser um detalhe no jogo. Porém não marcam o jogador de nenhuma forma, passando batido em quase todos os momentos.

Um ponto positivo sobre o som do jogo, é que, por ele não possuir dublagem em seus personagens, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter conta com narrador que aparece em alguns momentos ao decorrer da trama para edificar os acontecimentos da história, contando mais sobre os sentimentos dos personagens e sobre os acontecimentos de forma mais detalhista. Esse aspecto do jogo é muito bem vindo e interessante, trazendo mais imersão para o jogador que se interessa pela trama.

No mesmo estilo da trilha e dos efeitos sonoros, os gráficos de Tails of Iron 2: Whiskers of Winter não inovam e também não comprometem, trazendo uma mistura de 2D, com alguns aspectos que são propositalmente simplistas, como alguns designs dos personagens. Graças a esses detalhes, o game tem um aspecto bem único e original, que agrada aos olhos e eleva a imersão.

Tails of Iron 2 Whiskers of Winter

Em resumo, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é uma experiência que mistura elementos de RPG e ação com uma narrativa simples, mas envolvente. O jogo apresenta pontos altos, como seu sistema de progressão, crafting e um mundo semiaberto que incentiva a exploração, além de um narrador que adiciona camadas à história. No entanto, sua falta de polimento em animações, menus e aspectos visuais compromete parte da imersão, deixando a sensação de que o jogo poderia ter atingido um patamar mais alto. Ainda assim, para fãs do gênero Soulslike e de jogos 2D com uma pegada desafiadora, há muito o que apreciar.

Apesar de suas falhas, Tails of Iron 2: Whiskers of Winter é uma jornada cativante para quem busca uma aventura repleta de desafios e conquistas.

Confira no vídeo abaixo o começo de Tails of Iron 2: Whiskers of Winter:

Tails of Iron 2: Whiskers of Winter

7.5

Nota

7.5/10

Positivos

  • Variedade de armas e armaduras
  • Exploração extremamente interessante
  • Muitas mecânicas e variedade de gameplay

Negativos

  • Falta de polimento em animações
  • Menus mal feitos
  • Alguns bugs visuais

João Pedro Belvedere

Jornalista e gamer! Jogar sempre foi meu hobbie favorito e escrever sobre eles se tornou um sonho!
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