
Warriors: Abyss – Uma incursão à ousadia | Análise
Analisado no PlayStation 5
Com o intuito de inovar sua marca já registrada com Hack’n Slash, a Koei Tecmo apresentou e lançou de surpresa o Warriors: Abyss na State of Play do PlayStation do dia 12 de fevereiro, prometendo surpreender por agregar elementos do gênero Roguelite, fundindo um novo panorama à sua consagrada franquia Warriors. O novo e ambicioso jogo promove um crossover memorável de personagens icônicos de Dynasty Warriors e Samurai Warriors, oferecendo uma ampla gama de guerreiros, que juntos enfrentarão diversos desafios em sua jornada pelo Abismo que separa o mundo dos vivos e dos mortos.
Diferente dos jogos Dynasty Warriors e Samurai Warriors, Abyss foca em uma narrativa menos densa, utilizando toda a sua história de pano de fundo superficialmente para entregar algum contexto que justifique a reunião de tantos guerreiros lendários lutando no submundo. Conduzindo a história, temos Enma Daioh, um anfitrião misterioso que direciona os jogadores durante a jornada pelo vale dos mortos. Por meio de diálogos cirúrgicos, o personagem revela gradualmente sua história e os segredos do submundo com interação simples, que permitem concentração por parte dos players, tanto nas explicações, quanto na ação.
Implementando uma perspectiva isométrica que lembra Diablo, por exemplo, e associando com elementos clássicos da saga Warriors e mecânicas Roguelite, temos uma combinação incrível da materialização estrutural de progressão de níveis que acompanham o jogador por diversas fases até enfrentar o chefão que representa o clímax do desafio. Mesmo com uma proposta mais criativa, o jogo ainda tropeça na repetitividade da franquia. Com um sistema de combate reformulado para ser mais simplista e intuitivo, a gameplay se torna mais fluída, deixando a repetitividade menos entediante.
Visualmente, Warriors: Abyss é modesto em comparação aos títulos lançados recentemente. Essa modéstia é muito visível no acabamento que os personagens possuem, com certa carência de polidez, bem como na repetição de cenários e inimigos. Apesar da funcionalidade, os efeitos visuais não impressionam, sendo impossível não comparar Abyss com outros títulos da franquia. A sonorização do game segue em paralelo aos efeitos visuais, que embora sejam funcionais, não causam nenhum tipo de apelo, algo que é possível encontrar em outros títulos de Warriors. Esse tom mais genérico não consegue “casar” com o jogo, causando uma sensação desconfortável quando a música não se encaixa com o momento da gameplay. Infelizmente o jogo não possui localização Português-BR.
Warriors: Abyss traz uma fusão de gêneros que de fato, promove um novo fôlego para a franquia com um sistema de progressão bem fundamentado, nivelamento de dificuldade, inclusive nas batalhas com chefões, tornando a experiência muito mais dinâmica no que diz respeito combates. Todas essas características são particularmente interessantes para todos os fãs da franquia e para os novatos que buscam uma experiência única dentro do espectro de Warriors. Apesar de seus tropeços, Warriors: Abyss é um jogo com um potencial bem amplo, e embora possa não agradar alguns players, merece bastante atenção e por isso, recomendo!