The Last of Us Parte II Remastered – Um port bastante otimizado que chega aos PCs | Análise

The Last of Us Parte II Remastered chega para corrigir as impressões ruins deixadas pelo seu antecessor

Jeferson Vasconcelos03/04/2025Última Atualização 03/04/2025

Analisado no PC

The Last of Us Parte II Remastered é um jogo de ação e aventura, desenvolvido pela Naughty Dog e publicado pela Sony Interactive Entertainment. O título foi lançado originalmente em 2020 para o PlayStation 4, recebendo uma versão remasterizada em 2024 para o PlayStation 5 e o port deste remaster está previsto para chegar aos PCs em 03/04/2025 sendo feito pela Nixxes Software em conjunto com a Iron Galaxy Studios.

Como dito em outras análises de ports, a Sony de pouco em pouco vem trazendo seu catálogo para o PC, mas diferente dos consoles onde os títulos têm um controle de qualidade mais rigoroso. Os ports para PC chegam com uma qualidade variada, com alguns títulos trazendo um bom desempenho, já outros precisando de meses e várias atualizações para ficarem estáveis. Diferente da Parte I que demorou meses para ficar estável, The Last of Us Parte II Remastered chega aos PCs com uma versão bem feita e com o conteúdo adicional do console.

Para quem ainda não jogou, The Last of Us Parte II continua a trama do primeiro título, agora apresentando eventos a partir da alternância do ponto de vista de dois personagens jogáveis. A história foi alvo de diversas polemicas no seu lançamento, mas assim como em outras análises de ports, não irei focar na história e se quiser saber mais sobre a trama, é só ler nossas analises das versões originais para PlayStation 4 e PlayStation 5 nos links

Sem enrolações, The Last of Us Parte II Remastered chega aos PCs com um conjunto semelhante aos de outros ports de jogos da Sony que trazem os recursos exclusivos desta plataforma. No PC, o título chega com suporte nativo a maiores resoluções e proporções de tela que incluem 21:9, 32:9, 48:9, as cada vez mais comuns telas Ultrawide e Super Ultrawide com suporte até três monitores e resolução 4K. Como de praxe temos diversas opções gráficas que podem ser modificadas e adaptadas de acordo com o gosto do jogador, seja para maior qualidade ou melhor desempenho, através de texturas, sombras, reflexos e outros, estes que podem ser modificados dentro do jogo ou antes de abri-lo em um pequeno launcher opcional que é bastante prático.

O suporte ao DualSense retorna novamente através da conexão por cabo no PC, onde teremos ativas a resposta tátil, funções do touchpad e os gatilhos adaptáveis. Jogar com o DualSense é sensacional e nos fornece uma imersão a mais, com a possibilidade até de tocar o violão da mesma forma que os consoles, porém quem não tem o controle pode ficar sossegado, pois o título também chega com suporte a outros controles e os típicos teclado/mouse com opções para remapeamento de teclas.

Para turbinar ainda mais a jogatina, temos os recursos de upscaling, geração de frames e até outros para diminuir a latência causada por estes, um conjunto que chega através do NVIDIA DLSS 3, AMD FSR 3.1 e Intel XeSS. Recursos estes que desta vez não são usados como muleta, pois o jogo está otimizado.

Diferente da Parte I que foi portada pela Iron Galaxy Studios e chegou aos PC com diversos problemas que levaram um tempo considerável para serem corrigidos. O port desta Parte II foi feito pela Nixxes Software em conjunto com a Iron Galaxy Studios e apesar da Nixxes também ter ports com lançamentos inconsistentes, ao que tudo indica desta vez o jogo teve o tratamento semelhante ao de Ghost of Tsushima.

The Last of Us Parte II Remastered chega no PC com um port bastante otimizado e qualquer máquina intermediária não terá dificuldades para rodar o jogo com belos gráficos e um bom desempenho sem precisar fazer o uso dos recursos de upscaling, até porque o jogo não tem Ray Tracing. Nós jogamos uma versão pré-lançamento e o desempenho no geral foi muito bom, com gráficos altos e resolução 1440p foi possível jogar bem acima dos 60 quadros sem problema algum de travamentos (stutter), os recursos de upscaling turbinam ainda mais os quadros, mas com eles é possível notar algumas inconsistências relacionadas a cabelos de personagens e pelagem de animais.

Sim, encontramos alguns bugs e tivemos alguns crashes, mas estes não comprometem de fato a jogatina. Os bugs no geral estavam relacionados às animações de finalização de inimigos que às vezes eram inconsistentes, nada que não pudesse ser corrigido no lançamento. Em relação aos crashes, tudo indica que pode ser um problema relacionado a drivers, onde somente um driver lançado em outubro se mostrou estável com a versão testada, mas lembrando que o jogo ainda não foi lançado e drivers atualizados provavelmente estarão disponíveis em uma data próxima ou posterior a do lançamento.

Como dito acima, o título chega com o conteúdo disponível no console e isso inclui os diversos recursos de acessibilidade e também o modo sobrevivência rogue like. Logo ao abrir a primeira vez você irá se deparar com diferentes recursos opcionais de acessibilidade que incluem opções focadas em coordenação motora fina, audição e também visuais com áudio descritivo e vibrações em falas.

Disponível logo no início, mas recomendado jogar depois de terminar a campanha, temos o modo Sem Volta que traz experiências roguelike com novos personagens desbloqueáveis e modos de jogo separados entre quatro tipos de desafio, Assalto, Captura, Resistência, Caçado que irão te fazer ter de sobreviver a hordas, eliminar inimigos ou completar objetivos. Este modo adicional é bem vindo mas não espere muito, pois ele acaba ficando repetitivo com o tempo e não temos multiplayer.

No final, The Last of Us Parte II Remastered chega para corrigir as impressões ruins deixadas pelo seu antecessor. Apesar da série ter estreado no PC com problemas, esta parte II chega com um bom desempenho e recursos adicionais que tornam a experiência mais imersiva e acessível. O preço cobrado é justo pela experiência e eu posso recomendá-lo a todos que gostaram do primeiro e querem jogar a continuação, ou para quem quer jogar um bom jogo de ação e aventura.