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Wanderer: The Fragments of Fate – O que tem de LINDO, tem de BUGADO | Análise

Infelizmente não posso dar a nota que eu gostaria para Wanderer: The Fragments of Fate, pois os bugs atrapalharam e muito o decorrer da minha aventura

Analisado no PlayStation VR2


Depois de vários, atrasos e adiamentos, Wanderer: The Fragments of Fate finalmente chega ao PSVR2, mas infelizmente a experiência pode frustrar muitas pessoas que queiram adquirir o jogo logo em seu lançamento devido aos vários bugs e glitches que existem nele. Até o momento que esta análise foi feita apenas uma atualização chegou no “Day One”, porém parece não ter resolvido nada.

Wanderer The Fragments of Fate

Desenvolvido pelo estúdio Might Eyes, Wanderer é uma aventura com tema de viagem no tempo, onde devemos resolver vários puzzles para poder mudar o futuro que não é nada bom.

No jogo controlamos Asher, um adolescente que parte em busca de seu avô em uma Boston totalmente devastada no ano de 2061, mas ao chegarmos ao apartamento de seu avô encontramos Samuel, um relógio que possibilita a viagem no tempo e espaço. E aqui vai minha primeira dica, mantenha as dicas de Samuel ligadas nas opções do jogo, pois ele ajuda bastante quando ficamos sem saber o que fazer.

Bom, não tem como começar essa análise sem mencionar o fabuloso trabalho de arte que os desenvolvedores fizeram em Wanderer, colocando-o em meu top 3 de gráficos mais bonitos que já vi em um jogo de PSVR2.

Wanderer The Fragments of Fate

O jogo está simplesmente fantástico na questão de ambientação, detalhes, as texturas são muito convincentes e raramente encontramos alguma parte embaçada ou em baixa resolução, e isso nos faz acreditar que realmente estamos dentro do jogo, mas o que mais chamou minha atenção talvez seja a física maravilhosa que ele apresenta, onde podemos interagir com quase tudo no cenário, garrafas, livros, frutas, cadeiras, balões (bexigas), baratas nojentas (sim, baratas mesmo), fora as outras coisas como pé de cabra, cano, armas, vara de pesca, um carrinho de controle remoto e uma das coisas mais legais, uma lousa com giz para escrever ou desenhar, isso funciona muito bem!

Algumas partes do jogo podemos nadar também usando os próprios movimentos dos braços ou usando o analógico que é muito mais fácil para quem não gosta de ficar balançando os braços, que é meu caso.

Comparando esse jogo com outro na questão gráfica, posso citar Horizon Call of the Mountain, pois são gráficos limpos, sem serrilhado, mas que ganham de Horizon por apresentar uma variedade maior de cenários diferentes, como a Lua, cidades, um templo Maia, uma mansão na Alemanha em 1945 e até uma representação do festival Woodstock (que aqui se chama Rockstock).

Wanderer The Fragments of Fate

Não dá para reclamar de nada nos gráficos, mas tenho que fazer uma ressalva para alguns cenários mais pesados onde a taxa de frames cai bastante, isso é visto logo no começo do jogo quando chegamos em Boston, mas é recorrente em outras fases também e até em algumas que não tem tanta coisa no cenário.

Sobre a jogabilidade, os maravilhosos controles do PSVR2 fazem muito bem a sua parte, lembrando que no PSVR1 o único jeito de jogar era usando os terríveis controles MOVE que não tinham analógicos, então só tenho elogios, exceto que temos um problema no modo “Seated” (Jogar Sentado), pois mesmo fazendo as configurações certas nosso personagem aparece com as pernas dobradas e isso atrapalha alguns pulos, ou subir escadas, espero que isso seja solucionado logo pois eu jogo mais sentado do que em pé.

No jogo nós temos um corpo, assim como em Arken Age, mas aqui ele está bem mais problemático do que em outros jogos que possuem essa mecânica pois muitas vezes (MUITAS MESMO) fiquei preso em partes do cenário tendo que sair do jogo para continuar jogando pois o jogo simplesmente prendeu meu braço na parede ou em portas.

Wanderer The Fragments of Fate

Mas uma coisa que é terrível nesse jogo são os combates corpo a corpo,  mesmo podendo pegar várias armas, não ajuda muito, eu não me lembro se a versão do PSVR1 tinha isso, mas se não tinha era melhor nem ter colocado nesse, as lutas são totalmente sem graça, os inimigos tem uma inteligência artificial ridícula e muitas das vezes que os derrotamos eles acabam afundando no cenário ou pior, ficam parecendo peixe fora d’água se debatendo no chão em movimentos involuntários, isso quando não ficam apenas parados na sua frente sem fazer nada devido a um bug.

Os botões dos controles usam as funcionalidades do controle SENSE trazendo resistência ao apertar gatilhos, entre outras coisas, e o headset também vibra em certas partes do jogo trazendo aquela sensação que só existe no PSVR2. De resto a jogabilidade funciona bem e é muito parecida com Horizon, escalar paredes, se pendurar em cordas, nadar, mas… temos que falar de BUGS. 

Wanderer The Fragments of Fate

Primeiramente preciso explicar como o jogo funciona, para explicar como alguns bugs aconteceram comigo.

O relógio que pegamos no apartamento do nosso avô funciona como uma máquina do tempo, que nos leva a vários períodos e lugares, para isso pegamos um Fragmento do tempo que pode ser uma folha, uma moeda, um cata-vento, máscaras Maias, entre outros, então pegamos esses itens e os colocamos na parte de baixo do relógio para podermos viajar entre o tempo e espaço, dentro desses cenários precisamos resolver alguns puzzles que exigem ferramentas de outros tempos e lugares, como por exemplo levar um guarda-chuva que achamos no cenário de Nikola Tesla para passar por uma cachoeira no templo Maia e não apagar a tocha que devemos levar acesa para o outro lado.

Enfim, como vocês viram no título dessa análise, um dos maiores problemas que enfrentei durante o jogo foram os BUGS  e o meu primeiro problema foi com uma dessas duas máscaras Maias que pegamos logo após abrir um armarinho no banheiro, quando as peguei deixei uma cair no chão e ela acabou entrando dentro do cenário, o que me impossibilitou de ir para um dos lugares do templo que eu precisava, o resultado foi que tive que reiniciar o capítulo para pegar novamente as máscaras e dessa vez tomar cuidado para não bugar novamente, após isso continuei jogando pois os itens que bugavam não eram importantes para a estória em si, mesmo assim tive cautela em várias partes até que cheguei no capítulo 7 onde precisei reiniciar não uma, mas QUATRO vezes, pois em cada vez que eu jogava um item importante sumia do inventário e eu não conseguia prosseguir, não vou dar detalhes sobre isso aqui pois levaria muito tempo, então partimos para outros bugs como meu braço (no jogo) que começou a se movimentar sozinho, e mesmo saindo do jogo e voltando o problema persistia, ou uma parte que eu simplesmente fui arremessado para outra parte do cenário que ainda não estava ativa, e isso não ativou o evento fazendo com que Samuel ficasse repetindo a mesma coisa que eu deveria ter feito mas não fiz, outros bugs foram falhas na textura, objetos do cenário que sumiam, inimigos que ficam estáticos na sua frente sem fazer nada, cabelos de personagens que se transformam em aberrações e por aí vai.

Wanderer The Fragments of Fate

Falando no som do jogo ele faz bem a sua parte, os diálogos e a dublagem dos personagens são bons e efeitos sonoros satisfatórios, isso quando não bugam e simplesmente somem do nada, músicas param na metade, e efeitos sonoros deixam de existir do nada.

O idioma do jogo é apenas em inglês e para nossa infelicidade não existe o idioma em português nas legendas, o que pode afastar muitas pessoas por se tratar de um jogo que conta com uma história fenomenal.

E é uma pena que um jogo tão esperado pelos fãs do PSVR2, com uma história ótima, gráficos maravilhosos, física extraordinária e um potencial tão bom está repleto de bugs que podem atrapalhar muito o progresso e a diversão de um jogo que não é nada barato em relação aos outros jogos de PSVR2 custando R$ 264,90 na PSN Brasileira.

Infelizmente não posso dar a nota que eu gostaria para Wanderer: The Fragments of Fate, pois os bugs atrapalharam e muito o decorrer da minha aventura, mas vamos torcer para eles sejam arrumados, e o combate seja melhorado o quanto antes pois é um jogo que vale a pena ser jogado e apreciado em todos os detalhes.

Confira no vídeo abaixo o gameplay de Wanderer: The Fragments of Fate:

Wanderer: The Fragments of Fate

7

Nota

7.0/10

Positivos

  • Gráficos extraordinários, lindos e sem serrilhados
  • Ambientação, iluminação, texturas e imersão excelentes
  • Ótima trilha sonora
  • Jogabilidade boa
  • Uma das melhoras físicas que já vi em um jogo de VR

Negativos

  • Sem legendas em português
  • Música e sons somem do nada
  • Muitos bugs e glitches que quebram o jogo e nos fazem ter que reiniciar o jogo ou algum capítulo.
  • Quedas de framerate constantes
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